Beba com inteligência

Beba com inteligência: o que a queda nas vendas de bebidas premium está tentando nos dizer.

"Nos últimos anos, o mercado global de bebidas premium – vinhos, destilados e produtos “de prestígio” – tem apresentado uma queda visível nas vendas. Mas ao contrário da narrativa apressada que fala em crise, preferimos enxergar isso como um sinal.

Um ajuste.

Uma depuração.

O mundo mudou. E o que colocamos em nossas taças precisa mudar também.

O declínio da ostentação

Durante décadas, a indústria das bebidas de alto padrão se alimentou de um modelo centrado em marcas, medalhas, pontuações e aprovação social.

Beber era, muitas vezes, um gesto de pertencimento.

Um código de status.

Mas no pós-pandemia, algo começou a se inverter. 

A superficialidade começou a cansar.

O consumo por validação social se revelou frágil. E as pessoas, aos poucos, passaram a buscar experiências mais verdadeiras, mais sensoriais, mais conscientes.

O que a princípio aparenta ser uma queda das vendas pode não indicar desinteresse, mas sim uma nova forma de interesse.

Uma transição do consumo quantitativo para o qualitativo.

A emergência de um novo consumidor

Esse novo consumidor é mais atento, mais informado – e sobretudo, mais seletivo.

Ele não quer mais pagar caro por um rótulo apenas porque é francês, porque ganhou medalhas ou porque está na carta de um restaurante badalado.

Ele quer entender o que está bebendo.

Sentir.

Comparar.

Escolher por si mesmo.

Esse consumidor não busca impressionar. 

Busca conexão.

Não segue modas.

Busca identidade no que consome. 

Ele começa a descobrir algo essencial: que seu paladar é único – e que ele pode, e deve, confiar nele.

Beber menos. Beber melhor.

Na Angheben, não vendemos bebidas.

Oferecemos escolhas.

Somos movidos por uma filosofia simples e poderosa: quanto mais você desenvolve seu paladar, menos se deixa levar pela aparência.

Quando isso acontece, o número de garrafas na adega deixa de importar. O que passa a importar é a coerência entre o que você sente e o que você valoriza.

É por isso que defendemos que você beba menos. Mas beba melhor.

Não se trata de elitismo. Pelo contrário: trata-se de inteligência sensorial. De consciência. De valorizar o que está na taça e não o que está apenas na etiqueta.

A verdade não está no rótulo

Marcas consagradas nem sempre são sinônimo de qualidade.

Muitas vezes, elas são apenas mais uma engrenagem da indústria do espetáculo. 

Um jogo de aparências disfarçado de sofisticação.

Por isso, aqui na Angheben, costumamos dizer: fazemos vinho. E só.

Somos um produtor no estilo outsider.

Nossos vinhos não precisam gritar para serem ouvidos. Elaboramos vinhos que desafiam o óbvio. Que respeitam o tempo, a terra, os processos. 

E, acima de tudo, respeitam você.

Etiquetas impressionam. O conteúdo convence.

Seu paladar é sua liberdade

Escolher com consciência é um ato de liberdade.
A cada taça, você pode reafirmar seu poder de decisão.
Você pode se libertar da obrigação de “gostar do que é imposto pela moda” e começar a descobrir o que realmente te agrada.

Você pode tornar seu paladar um instrumento de conhecimento.

De si. Do mundo. Dos outros.

E isso é muito mais do que beber.
É viver com discernimento.

Angheben – Beba com autonomia.

Sua próxima taça pode ser mais do que um brinde.

Pode ser um um ato de inteligência.

E um gesto de liberdade." 

 Por Eduardo Angheben